O Guardião do CasteloO sol se punha atrás das muralhas de pedra, tingindo o céu de dourado e carmesim. O Castelo de Arvendel, erguido há séculos como símbolo de poder e esperança, agora guardava segredos sombrios em seus corredores frios. Ali vivia Eleanor de Valrose, filha de um duque leal à coroa, mas marcada por um destino que jamais escolhera. Criada entre livros, canções e lições de etiqueta, ela sonhava com liberdade, mas estava prometida a um casamento político que selaria a paz entre reinos.No entanto, entre os guardiões da fortaleza, havia um homem que mudaria o rumo de sua vida: Adrian Drakemont, comandante da guarda real. Alto, de olhar austero e marcado por cicatrizes de batalhas, Adrian era conhecido por sua lealdade inabalável e pela força capaz de inspirar temor e respeito em iguais medidas. Mas, por trás da armadura, carregava feridas que ninguém via — a perda da família na guerra e um juramento de proteger o castelo custasse o que custasse.Os dois se encontraram por acaso em uma noite chuvosa, quando Eleanor, cansada das amarras da corte, decidiu caminhar pelos pátios desertos. Adrian a encontrou, advertiu-a sobre os perigos de estar sozinha, mas em seus olhos não havia apenas repreensão: havia curiosidade. A dama de sorriso tímido parecia quebrar as muralhas invisíveis que ele erguera em torno de si.A cada dia, a aproximação entre eles se tornava inevitável. Um olhar prolongado nos corredores, um toque ao ajudá-la a montar o cavalo, conversas sussurradas durante as rondas noturnas... Eleanor descobria em Adrian um homem de honra, mas também alguém capaz de amar intensamente. Ele, por sua vez, via nela não apenas a filha de um duque, mas uma mulher corajosa que ansiava por ser dona de seu próprio destino.Mas o amor deles florescia em terreno p******o. O reino estava prestes a enfrentar uma rebelião, e os nobres tramavam alianças que dependiam do casamento de Eleanor. O pai dela via em Adrian apenas um soldado, indigno de sua filha. E, nas sombras, havia aqueles que queriam tomar o castelo — e sabiam que destruir seus guardiões era o primeiro passo.Quando um traidor infiltrado quase conseguiu abrir os portões para o inimigo, Adrian foi acusado injustamente. Preso nas masmorras que tantas vezes vigiara, ele enfrentou o peso da desonra. Eleanor, desesperada, arriscou tudo para libertá-lo, e foi nesse momento que ambos compreenderam a profundidade do laço que os unia. Não era apenas paixão, mas a certeza de que juntos poderiam desafiar o destino.A luta pela sobrevivência do castelo se transformou em luta pelo direito de amar. Entre batalhas, intrigas e segredos ancestrais que ligavam a família de Eleanor às origens da fortaleza, os dois descobriram que Arvendel não era apenas pedra e ferro: era um símbolo de resistência, guardado por aqueles que acreditavam em um futuro diferente.Adrian, o guerreiro marcado pela dor, e Eleanor, a dama que ousou sonhar, tornaram-se centelhas de esperança em meio ao caos. Unidos, enfrentariam não só inimigos externos, mas também o peso das tradições que tentavam separá-los. O castelo seria seu refúgio e sua prisão, mas também o palco onde escreveriam uma história capaz de ecoar por gerações.E assim, enquanto o destino parecia selado por alianças e espadas, o amor deles se ergueu mais alto que as muralhas de Arvendel — desafiando reis, nobres e o próprio tempo.